20/03/10

6º Encontro intercultural de cerâmica do centoecatorze - 28 de março a 4 de abril




































Como de há cinco anos a esta parte, temos o prazer de dizer que já se deu início a mais um Encontro Intercultural de Cerâmica do centoecatorze .  
Durante a semana do Encontro pretendemos, para além da preparação da cozedura (ir buscar a lenha, organizá-la, enfornar...), queremos tratar do espaço envolvente ao forno, que foi fortemente afectado com este Inverno mais rigoroso. Toda a cobertura ficou danificada, houve árvores que caíram, etc., etc. E é necessário precaver tudo para termos uma cozedura sem contratempos. Mas o forno, é vê-lo, magestoso e intacto lá no meio!!!

No fim-de-semana já tivemos uma "brigada de trabalho" (O Daniel, o Filipe, a Andreia a Ana, o Sr. Dias...e hoje chegam a Glória, o Cerveira e o Helder). Amanhã os 1ºs a chegar de fora serão os catalães, e no dia seguinte mais quatro madrilenhos. E estamos à espera dos nossos queridos amigos galegos e mais de terras lusas! E outros tantos que queiram vir...serão tod@s bem-vindos. (temos saudades das nossas italinas!!!)

Tragam as vossas peças, que têm de ser para uma cozedura de alta temperatura (grês com chamote/ refractário). Queremos continuar a propor-vos o desafio de revestir a árvore que está aqui no jardim com cilindros cerâmicos, à semelhança da imagem abaixo. Podem fazer vários. Sejam criativos!

Achamos que é possível ir em frente mesmo com este tempo tão irregular e nos divertirmos mais uma vez neste Encontro de cerâmica, ultrapassando todos os imponderáveis alegremente.

Já sabem que alguns de vós podem ficar aqui no salão da casa, na galeria, ou a acampar (trazer saco-cama, colchoneta, toalha...). Ou então em casa de amigos (avisem-nos)

Aguardamos o vosso contacto de confirmação de participação.

Bom trabalho
Um forte abraço
____________________________________________________


Segunda, Terça e Quarta/  Lunes, Martes, Miercoles
Preparação do espaço envolvente
Organizaão de material para a cozedura

Quinta / Jueves
enfornamento

Sexta, Sábado / Viernes, Sábado
Cozedura 
Festa! (tragam "multa" para partilhar e instrumento musical para nos divertir)


_________________________________________________
___________________________     desenho de Marc Brocal



19/03/10

workshop de cerâmica - iniciação à azulejaria 27 de Março no centoecatorze


(imagens do curso de azulejaria "as idades do azulejo", durante o III Encontro de ceràmica de Nígran - Periférias 09)

No dia 27 de Março vai realizar-se um workshop de azulejaria no Espaço centoecatorze, com os ceramistas residentes, promovido por Freeflow


Local - centoecatorze
Dia - 27 de Março (Sábado)
Horário - 15h às 18h
Contacto - 220939737 / geral@freeflow.pt / www.freeflow.pt

"floresta de fang" na galeria do palácio da quinta da piedade de Xira - 20 de Março a 8 de Maio



O nome, floresta de fang, sintetiza a ideia global enquanto que cada peça passa a formar parte harmónica de um todo que representa um conjunto com significado próprio para lá do conteúdo estrito de cada uma delas. Está composto numa mistura das duas línguas, "floresta" como espaço onde a vida e as formas se geram em perpetua sucessão, e "fang" que em catalão quer dizer barro que transformado em cerâmica por a acção do fogo consolida a ideia de perpetuidade. Assim mesmo misturamos as duas línguas que estão envolvidas neste projecto em simbíose com a ideia de coabitação e justaposição dos saberes que propõem a exposição, pois no final formamos parte do conteúdo de uma cultura muito mais vasta que nos compreende a todos como género humano.


As obras do projecto "floresta de fang", iniciado em 2007, reúnem-se numa só exposição, de 20 de março a 8 de maio de 2010.


galeria municipal de exposições palácio quinta da piedade.
rua padre manuel duarte
2625-173 póvoa de santa iria
[vila franca de xira]
Tel. 21 9533 050
3ª feira a sabado das 10.00 às 12.00 e das 14.00 às 19.00h
encerra 2ªs feriras, domingos e feriados
coordenadas 9º4'14,65"O;38º51'42,35"N

18/03/10

"floresta de fang"




"por entre as palavras"

o gosto por as palavras ditas em liberdade, lançadas ao vento, proclamadas por a própria natureza, palavras vivas que flutuam e que se consolidam transformadas na voz sólida e consciente de uma alma comum. estas esculturas convertem-se em território reflexivo do colectivo de artistas plásticos, os portugueses marisa alves e joaquim pombal e o catalão marc brocal, que tomam corpo dentro do projecto floresta de fang. Isto quer dizer, a gestação dum bosque de troncos sapientes edificados lentamente ao largo dos séculos em acomulação de anéis, neste caso em sobreposição, como símbolo de crescimento e evolução. a seiva deste conhecimento cristaliza e se reproduz na diversidade de pensamento como se fosse uma só voz atemporal. uma floresta ideal, abrangente, sem fronteiras nem limites, sempre disponível e acolhedora.


As obras do projecto "floresta de fang", iniciado em 2007, reúnem-se numa só exposição, de 20 de março a 8 de maio de 2010.









fragmento de "guarda-chuva"

em certas ocasiões há chispas mágicas que permitem o encontro feliz entre as pessoas. o frenético ritmo de vida da nossa sociedade vem-nos acostumando cada vez mais a viver desde compartimentos estanques. é paradoxo como na era da comunicação temos tanta dificuldade em intercomunicarmos fluidamente, com naturalidade, tendo em conta que o acto comunicativo nos caracteriza definitivamente na nossa condição humana. cada individuo, por si mesmo, qualquer que seja a sua situação ou procedência, oferece um mundo de experiências e sensações dignas de serem exploradas e devidamente valorizadas. é no conhecimento do outro que vamos entrevendo o nosso EU, para construir os alicerces que sustentam o edifício que nos há-de suportar.
é comum, num mundo desorientado, experimentar na própria pele, como se estigmatiza a diferença de pensamento e cultura e constatar que se lançam vozes impúdicas com a poderosa tirania de uma moral assustadora e agressiva. quando nos damos conta de que o Outro também sou Eu, de que tod@s somos uma mesma e complexa Unidade, começamos a sentir que a diferença não é tal, se não aquela que nos complementa. as pessoas passam, as experiências transcorrem...e sempre permanece algo que sedimenta em nós.